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Seleção PPGA 2025 - Esclarecimento sobre a Fase de Conhecimentos Gerais
Considerando algumas dúvidas manifestas por candidatos sobre as provas da primeira Fase da Seleção, apresentadas em conversações privadas com membros do Programa, a Comissão aproveita a oportunidade para esclarecer que:
1. A primeira fase da Seleção, como o nome indica, avalia o construto "Domínio de Conhecimentos Gerais", ou seja, domínio de requisitos de conhecimentos necessários para realização do curso (mestrado ou doutorado). Há mais de uma forma de mensurar esse construto, e o Programa definiu que, para esta Seleção, seria utilizada a Prova do PPGA (que é baseada em textos e segue um modelo de questões discursivas), com opção de utilização do Teste ANPAD (que segue um modelo por disciplinas e questões objetivas).
É relevante reiterar que o que interessa na Seleção não é, especificamente, o nível de conhecimento de Língua Portuguesa ou Raciocínio Analítico (o que pode ser avaliado a partir do Teste ANPAD), e nem (especificamente) a capacidade de demonstrar correção gramatical, coerência e coesão em um texto escrito (que podem ser avaliados na Prova do PPGA). O que interessa é a intensidade do construto avaliado na Fase (e a suposição é que os dois instrumentos, mesmo que distintos, gerarão evidências consistentes da intensidade que cada candidato possui de seu "Domínio de Conhecimentos Gerais").
A utilização de ferramentas de averiguação diferentes para um mesmo construto não é novidade nas seleções do PPGA. Por exemplo, eram utilizados resultados de provas distintas do teste ANPAD até 2023 (quando havia as opções de testes Acadêmico e Profissional, cujas provas eram distintas).
O desafio que emerge para o modelo atual é o de buscar fazer com que os exames tenham boa indicação do mesmo construto de interesse. Por essa razão, considerando as provas do Teste ANPAD e pensando na Prova do PPGA, a Comissão decidiu que: (1) os textos selecionados seriam todos em língua inglesa (que requer domínio de capacidade de leitura em Inglês); (2) os conteúdos dos textos seriam interpretativos, alguns com resultados empíricos e análises quantitativas (o que permite avaliar as capacidades de interpretação de texto e compreensão de análise estatística); e (3) a prova seria dissertativa (que envolve a demonstração de domínio da norma padrão da língua portuguesa). Isto posto, o desafio que vem a seguir é fazer a equiparação de notas de resultados oriundos das duas diferentes formas de averiguação.
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2. A consolidação das notas mesclando resultados do Teste ANPAD com a Prova no PPGA presume que os candidatos que realizam cada uma delas têm (na averiguação do construto de interesse da Seleção) o mesmo desempenho em média e em dispersão (ou seja, presume-se que o desempenho de competência será o mesmo, em média), havendo diferença na escala (o teste ANPAD varia de 0,00 a 600,00 pontos, e a Prova do PPGA varia de 0,00 a 10,00).
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3. Para viabilizar a comparação de resultados das provas distintas, são fixados pontos de cortes para cada uma das provas e, em seguida, é feita a padronização para equiparar as escalas.
O método adotado de equiparação é o seguinte: (1) inicialmente, é feita a padronização em Z (que gera notas, em cada bloco, com média 0,00 e desvio padrão de 1,0); (2) após realizada a computação do escore em Z, as notas resultantes são postas em uma distribuição com média 5,00 e desvio padrão 1,50 (ver fórmulas no item '5.3.1.2' do Edital de Seleção N° 03/2024).
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4. Pela suposição de desempenhos médios e dispersões semelhantes (com diferenças iniciais oriundas apenas das medidas de posição e dispersão originais de cada prova), a diferença de esforço requerido para realização de cada prova não afeta o resultado comparativo entre cada uma delas. Ou seja, os candidatos que realizaram a prova do Teste ANPAD são comparados apenas entre si (por linha) quanto à média e ao desvio padrão dos outros candidatos com a mesma opção; o mesmo ocorre quanto aos candidatos que realizam a Prova no PPGA.
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5. Por fim, é importante reiterar que a prova do Processo Seletivo é a Prova do PPGA, com opção de utilização do Teste ANPAD. A escolha é do candidato, considerando vantagens e desvantagens de cada uma das provas e os riscos envolvidos quanto às notas dos demais inscritos.
Por exemplo: o Teste ANPAD tem a vantagem de ter validade de 2 anos, de poder ser utilizado em mais de um PPG, e de poder ser realizado remotamente, com a desvantagem de ser onerosa (financeiramente) aos candidatos; já a Prova do PPGA tem a vantagem, para alguns candidatos, de não envolver pagamento adicional, de ser menos demorada e de ser baseada em questões dissertativas, com desvantagens, por exemplo, de ser restrita a uma edição da Seleção e de ser feita presencialmente em João Pessoa (PB).
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Em uma primeira análise dos resultados parciais (antes da apreciação dos pedidos de reconsideração e sem considerar a distribuição por cotas), a Comissão identificou que, no certame atual (considerando os totais de vagas e de inscritos), a probabilidade de um candidato ser aprovado para a próxima fase foi de aproximadamente 0,49 em uma das provas e 0,52 na outra. Este resultado é, obviamente, esperado, pois a padronização para a mesma escala (com mesma média e mesmo desvio padrão) elimina o que se pode chamar de 'efeito prova'.
Pelo exposto, se 'teoricamente' realizar uma prova ou outra não define vantagem em termos de probabilidade de aprovação para as fases seguintes, empiricamente parece haver indicação de que, de fato, fazer uma prova ou a outra não define maior ou menor chance de aprovação.
A escolha de uma ou outra opção é uma decisão que envolve análise, pelos candidatos, de vantagens e riscos de cada prova por si. O Programa fixou um modelo que permitiu ao candidato mais de uma opção, que cada um escolherá considerando suas contingências e avaliações de vantagens e desvantagens.
A Comissão entende que o Processo Seletivo do PPGA vem se aprimorando, e esta forma de realização da Fase de Conhecimentos Gerais parece gerar resultados muito positivos.