PRESERVAÇÃO DIGITAL SISTÊMICA (2021-Atual)

Tânia Barbosa Salles Gava

Com o advento da internet e popularização dos computadores pessoais, começaram a ocorrer mudanças significativas na forma de comunicação e compartilhamento de informações e, consequentemente, na produção dos documentos. O ambiente digital trouxe grandes avanços, mas também uma série de complexidades inerentes à vulnerabilidade do ambiente tecnológico. Em um ambiente digital, por exemplo, houve a necessidade de se repensar a preservação do patrimônio arquivístico digital, e muito mais do que isso, uma preservação digital sistêmica que prevê uma cadeia de custódia arquivística digital ininterrupta, uma vez que é cada vez mais crescente a produção de documentos nato digitais. Para isso há de se pensar na integração de Sistemas de Gestão Arquivística Digital com os Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis (RDC-Arq), como uma alternativa para a preservação de documentos nato digitais digital em um ambiente de gestão arquivística, a fim de manter os documentos arquivísticos digitais autênticos e acessíveis a longo prazo. Neste contexto, este projeto tem como objetivo geral discutir sobre os aspectos mais importantes da Preservação Digital Sistêmica que integra os Sistemas de Gestão Arquivística de Documentos aos Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis, com o objetivo de manter uma cadeia de custódia digital arquivística ininterrupta. Trata-se de uma pesquisa exploratória, bibliográfica e documental, tendo como principais fontes documentais e bibliográficas as normativas do Conselho Nacional de Arquivos e do Arquivo Nacional, Padrões internacionais de referência sobre o tema, documentos institucionais que apresentam resultados relacionados ao tema em questão, artigos científicos de pesquisadores nacionais e internacionais, além do material resultante das fases do Projeto InterPARES (http://www.interpares.org/), dentre outros. Espera-se apresentar e discutir sobre os principais conceitos relacionados à Preservação Digital Sistêmica, bem como apresentar cenários de uso dessa integração, além de buscar apoiar as instituições brasileiras, públicas e/ou privadas, na implantação de modelos conceituais, tais como a Resolução nº 43, e orientações tais como a Orientação Técnica nº 3, do Conarq. O tema torna-se muito relevante ao se pensar na importância de uma Preservação Digital Sistêmica que prevê a preservação e acesso a longo prazo do patrimônio arquivístico digital brasileiro, tão importante para a manutenção de nossa memória coletiva.

Deixe um comentário