Surgida no âmbito da Administração Científica, a gestão documental é admitida por
profissionais e teóricos da Arquivologia como fundamental para as organizações, por
contribuir para o alcance de economia, eficiência e eficácia administrativas, bem
como para a preservação de documentos que podem servir para fins diversos
daqueles que motivaram sua criação. Apesar de sua importância e da necessidade
de sua implementação, a gestão de documentos ainda é uma realidade distante
para muitas organizações. Esta pesquisa apresenta e discute o referencial teórico, o
arcabouço legal que regra o tema e tenta mapear um possível contexto favorável à
política de arquivos e à gestão de documentos, tendo como cenário uma instituição
integrante da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, o
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Para tanto, tece relações
entre políticas públicas de arquivo, política institucional de arquivos e gestão
documental, aqui entendida como intervenção técnica que incide sobre documentos
e informação. Este é um trabalho exploratório e descritivo, em que se adotou como
estratégia metodológica o estudo de caso e como procedimentos de coleta de dados
a observação direta, a pesquisa documental, questionários e entrevistas. Por se
tratar de uma instituição centenária, buscou-se identificar as principais iniciativas de
organização dos documentos produzidos/acumulados, no intuito de se esclarecer
sua relação com a produção, uso, critérios de avaliação e guarda de documentos ao
longo de sua história. Evidenciou-se a necessidade de promover a plena
conscientização dos diversos atores como fator imprescindível à formulação de uma
política arquivística no âmbito institucional e à implantação de um programa de
gestão documental.
Texto completo disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/VAFA-BCLJSR/1/disserta__o_ney_lucio___2019.pdf