O ENSINO DE GÊNEROS ACADÊMICOS NO CURSO DE ARQUIVOLOGIA DA UEPB NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19 (2021-2022)

Eliete Correia dos Santos

O objetivo geral deste projeto é analisar a aplicabilidade de uma proposta teórico-metodológica de ensino de gêneros acadêmicos à luz dos preceitos de Bakhtin e do Círculo quanto às Ciências Humanas, ao discurso de outrem na fronteira da interação verbal e ao próprio ato responsável na universidade e na vida no curso de graduação em Arquivologia, no período remoto causado pela pandemia da Covid-19. Entre os modelos de pesquisa qualitativa em Linguística direcionada ao ensino, cujo aspecto primordial não é a mensuração em relação ao tipo de dado apresentado, opta-se, aqui, pela pesquisa-ação para gerar e selecionar os dados e para construção da proposta teórico-metodológica de ensino de gêneros acadêmicos; pela interdisciplinar para revisão da teoria; e pesquisa interpretativista para análise dos dados, justamente para valorizar características típicas de um objeto do campo da Tecnologia, da Pedagogia e da Linguagem, simultaneamente. A utilização de método de base qualitativo-interpretativista considera a complexidade do real e da interdisciplinaridade. A complexidade do real significa perceber as ligações, interações e implicações mútuas de fenômenos multidimensionais e de realidades confrontantes. Os participantes da pesquisa serão os alunos do curso de Arquivologia dos componentes Prática de Leitura e Produção de Texto e Prática de Leitura e Produção de Textos Acadêmicos nos semestres 2020.1 e 2, 2021.1. Para dar conta dessa variedade, apresentaremos o corpus da pesquisa a partir de três conjuntos distintos, conforme sua materialidade e suas condições de produção. Esses três grupos constituem-se de materiais eletrônicos gerados pelo Google Meet e pelas aulas assíncronas pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem AVA (Google Sala de Aula)., de questionários aplicados aos alunos, diário de pesquisa. Aplica-se as diretrizes pedagógico-axiológicas para o ensino de gêneros acadêmicos que nos estimulam a pensar o ensino desde a formação de seu currículo às práticas efetivas em sala de aula, a saber: currículo e transposição didática, interdisciplinaridade, cooperação acadêmica, multi(letramentos), interação pedagógica em sala de aula. Acredita-se que a ação docente precisa se distinguir pela presença significativa da vontade que orienta a sua ação de participar nesse processo e de representar nos mundos discursivos. Uma ação capaz de estabelecer uma relação que não se constitui por um ato impositivo, mas que requer abertura e tem como única via a confiança. Acreditamos que o grande impacto desta investigação está em analisar o ensino de gêneros em um cenário virtual, considerando os pontos positivos e os limites das metodologias ativas empregadas pelo professor para conseguir um processo de ensino-aprendizagem menos chocante perante o aluno e mais próximo dele. Quando pensamos no ensino e na inovação, essas questões sobre as relações com o objeto e os outros são inquietações legítimas. Apontamos, também, uma necessidade de se refletir nessa relação que se dá no processo pedagógico para o conhecimento do objeto, das convenções acadêmicas, da interação com o docente e os discentes. Essas relações estão ligadas diretamente ao processo de leitura e escrita, em uma competência que se dá pelo processo de compreender e avaliar, e, consequentemente, de inovar.

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