O curso de Arquivologia da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG foi iniciado em 2009 como forma de suprir necessidades sociais, no que tange ao direito à informação e à memória, entre outras. Entretanto tem-se pouca informação sobre os aspectos desse mercado profissional em formação. Com poucas turmas formadas, torna-se dificultoso levantar esse panorama, mas desde o início do curso houve uma grande demanda das instituições por estagiários, sinalizando indícios a serem pesquisados. Diante disso, o objetivo geral deste trabalho foi conhecer o contexto de atuação dos estagiários do curso de Arquivologia da UFMG, sob a ótica das instituições contratantes, no que concerne a alguns conceitos e práticas, e dos egressos do curso, a fim de identificar possíveis implicações no mercado de trabalho para o arquivista no tocante à sua inserção, reconhecimento e visibilidade do seu trabalho. A importância da pesquisa se justifica pela escassez desse tipo de informação pós-criação do curso de graduação na UFMG, contribuindo, assim, para a construção do conhecimento científico na área, subsidiando informações de como os estagiários atuaram dentro das instituições, como essas instituições enxergam o arquivista e o seu objeto, investigar junto aos egressos o mercado profissional com o qual se depararam, identificando a influência do curso nesse novo nicho de trabalho, e consequentemente conhecer e fomentar o processo laboral em desenvolvimento. Diante de tal contexto, o problema de pesquisa que se pôs foi quais os reflexos no mercado de trabalho para o arquivista, a partir da apreensão de alguns conceitos e práticas levantados em dois nichos: as instituições contratantes de estagiários do curso de Arquivologia da UFMG e os egressos do curso de Arquivologia da UFMG. Em relação à metodologia, a pesquisa é qualitativa de natureza básica, de caráter exploratório. O procedimento utilizado foi a pesquisa de campo, utilizando as técnicas de coleta de dados com a aplicação de questionário aos egressos e entrevista às instituições contratantes de estagiários. Ao final da pesquisa concluiuse que o mercado de trabalho em Belo Horizonte, por meio de suas instituições públicas e privadas, precisa evoluir e avançar no que concerne aos conceitos e práticas relacionadas aos arquivos e aos arquivistas, pois o entendimento hoje é incipiente, de modo geral. O curso de Arquivologia da UFMG exerce um papel estratégico para essa mudança de cenário, para isso é preciso incentivar seus alunos a trabalhar com marketing arquivístico, instigando os futuros profissionais a mostrarem a que vêm nesse mercado laboral.
Texto completo disponível em: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AWWNEX