Análise acerca da produção documental inserida no contexto de validações dos discursos de verdade a partir de regulações, normatizações e disciplinarizações pelos sistemas de pensamento. Abordagem a partir dos pressupostos de Michel Foucault em suas obras Em defesa da sociedade (2005) e A arqueologia do saber (1996). Primeiramente, o estudo procura compreender as relações entre a produção de verdade na cultura ocidental, o surgimento do documento e a regulação imposta pelo ordenamento jurídico. Depois, a influência dos métodos diplomáticos, como saber instituído, na validação de discursos verdadeiros registrados em documentos. A formação do campo da Diplomática e da Arquivologia como saberes científicos validados pela universidade, agentes legitimados em dizer a verdade acerca dos documentos. Analisa-se também os estudos da Diplomática Arquivística Contemporânea, particularmente os trabalhos de Luciana Duranti, traçando-se possíveis relações de permanência entre os princípios fundadores desses campos com os estudos contemporâneos da Arquivística canadense, apesar das críticas pós-modernas. Interpretação das relações entre a construção da concepção de documento e a formação do campo da Arquivologia à luz das leituras propostas.
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