A REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO DO DOCUMENTO DE ARQUIVO: perspectivas metodológicas para a elaboração de pontos de acesso (2014)

Gilberto Gomes Cândido

O Percurso deste estudo é calcado na interdisciplinaridade, uma vez que busca apontar
métodos que se encontram em outras áreas e campos de conhecimento, com intuito de
proporcionar discussões teóricas e práticas, a partir de apontamentos metodológicos, sobre
a Diplomática Arquivística, Análise Documental e o Percurso Gerativo de Sentido. Isto posto,
o objeto deste estudo é o documento de arquivo em sua fase permanente em suporte de
papel. Nesta fase, o documento de arquivo é submetido à descrição, na qual seu conteúdo é
descrito para proporcionar o acesso e a recuperação da informação. Esta descrição é
realizada tendo como base normas Internacionais, como a Norma geral internacional de
descrição arquivística (ISAD (G)) e a Norma internacional de registro de autoridade
arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias (ISAAR (CPF)), quanto a Nacional
como a Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE); essas propõem a
padronização da descrição, partindo de elementos comuns, apresentadas em seus níveis de
descrição. Estas normas incidem na elaboração de instrumentos de pesquisa,
apresentando-os no formato de Guia, Inventário e Catálogo, permitindo o acesso e a
recuperação da Informação na fase permanente, porém, estes podem ser utilizados nas
outras fases documentais. Os instrumentos de pesquisa, da mesma maneira como a
descrição, são aplicados na fase permanente. Contudo, acentua se que as normas não se
comprometem com as entradas ou saídas de dados, bem como os instrumentos de
pesquisas ficam a cargo de cada instituição custodiadora por sua elaboração. Desta forma,
o problema desta pesquisa, é a falta do desenvolvimento de métodos que auxiliem o
arquivista a representar e dar acesso à informação e o grau da necessidade em tê-los nessa
área. Assim, ao se buscar nas normas meios de representar os documentos de arquivo,
depara-se com o termo ponto de acesso, que em uma compreensão geral, são termos
extraídos do documento e compilados para proporcionar o acesso. Porém, como já foi
enfatizado, nem uma das normas se compromete na elaboração de instrumentos de
pesquisa, sendo que essa falta recai sobre a escassez de métodos e discussões de como
elaborar estes pontos de acesso. Deste modo, se apresenta essas metodologias como
hipóteses, sendo elas: Diplomática Arquivística, Análise Documental e o Percurso Gerativo
de Sentido, essas três buscam identificar elementos essenciais para fazer a representação
da informação. As metodologias apresentadas como hipótese têm como objeto de estudo o
texto e seus elementos, deste modo podem se considerá-las auxiliares na resolução do
problema apresentado, ajudando o arquivista a representar a informação do documento de
arquivo ao complementar os elementos proporcionados nas normativas.

Texto completo disponível em: https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/CienciadaInformacao/Dissertacoes/candido_gg_me_mar.pdf

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