TECENDO UM OLHAR SOBRE O PROFISSIONAL ARQUIVISTANA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ (2016)

Celineide Rodrigues Cavalcante

Na sociedade contemporânea, a profissão de arquivista vem acompanhando com êxito os
constantes avanços da tecnologia da informação e da comunicação, que ao inserir novos
produtos no mercado de trabalho influenciam diretamente as funções e atividades dos
arquivos e dos arquivistas. É responsabilidade do arquivista o controle, o tratamento, o
acesso, a guarda e a administração de arquivos públicos e privados. Trata-se, portanto, de
um profissional provedor da informação, que nos dias de hoje se tornou essencial como
instrumento administrativo ou jurídico nas organizações, para o registro histórico de uma
nação e o pleno exercício da cidadania. Com o objetivo de identificar a presença do
arquivista na capital paraense, especialmente no contexto da Universidade Federal do Pará
(UFPA), o presente trabalho propõe apresentar os motivos da alta rotatividade destes
profissionais nesta Instituição. Atualmente, no Brasil, apenas 16 universidades públicas
ofertam o curso de Graduação em Arquivologia e a UFPA é a mais nova Universidade a
ofertá-lo, com o início de suas atividades em 2012. Diante disto, em muitos estados
brasileiros há uma escassez de profissionais arquivistas no mercado de trabalho como é o
caso do Pará. A partir da metodologia de pesquisa bibliográfica e documental, tem-se a
apresentação da fundamentação teórica acerca da temática em estudo, a qual aborda o
histórico da profissão de arquivista no contexto internacional e nacional, destaca a inserção
e a alta rotatividade deste profissional na UFPA e ressalta a importância da criação desse
curso no contexto amazônico. Para a pesquisa de campo utilizou-se o questionário, com
respostas abertas, com todos os profissionais arquivistas, graduados em Arquivologia, em
atividade ou que já exerceram a função na UFPA. Em seguida foi realizada uma análise
qualitativa e quantitativa dos dados coletados utilizando a metodologia do Discurso do
Sujeito Coletivo (DSC). O resultado da pesquisa aponta que existe uma alta rotatividade de
arquivistas na UFPA, porque, atualmente, a maioria dos profissionais em atividade no cargo
é de outros estados do Brasil e por dificuldades na adaptação, o alto custo de vida em
Belém, a pouca infraestrutura física, os recursos materiais e poucos profissionais para o
pleno desenvolvimento do trabalho arquivísticos, assim que surgem melhores oportunidades
de trabalhos, especialmente na sua terra natal, pedem exoneração do cargo na
Universidade. As perspectivas são de que nos próximos anos esta alta rotatividade de
arquivistas na UFPA e poucos arquivistas originários do Norte do país possam mudar, sendo
que os alunos das primeiras turmas de Graduação em Arquivologia desta Universidade
terão se formado e poderão concorrer ao cargo de arquivista nos próximos concursos
públicos desta e de outras Instituições.

Texto completo disponível em: https://bdm.ufpa.br:8443/jspui/bitstream/prefix/114/1/TCC_TecendoOlharProfissional.pdf

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