O presente estudo tem como tema a digitalização de acervos arquivísticos. O ambiente digital,
largamente utilizado para a criação de novos documentos, pode servir também aos acervos em
suporte papel, considerando que a migração para o meio digital seja capaz de contribuir em
aspectos como a preservação, a difusão e o acesso aos documentos. Nesse sentido, o problema
apresentado é: como tratar os acervos documentais em suporte papel custodiados pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul? Objetivando investigar uma forma de
preservação e difusão dos documentos do Arquivo Central, realizou-se uma pesquisa
exploratória em duas instituições dedicadas ao tratamento de acervos através da digitalização.
Por meio da observação sistemática e com a aplicação de entrevistas semi-estruturadas, foi
possível estabelecer um contato mais direto com os ambientes investigados. O referencial
teórico aborda temas como memória, patrimônio e cibercultura, a partir de suas relações com
os documentos arquivísticos, fundamentando-se em autores como Halbwachs, Dodebei e
Lévy. Assim, a memória é apresentada com base em sua ligação com os documentos,
desenvolvendo então a noção de memória documental. O conceito de patrimônio é
apresentado a partir da perspectiva dos documentos serem reconhecidos como patrimônio
cultural da Universidade, através do trabalho de avaliação documental. O ciberespaço, por sua
vez, é abordado como um espaço para difusão e preservação digital da memória documental.
Sendo esta uma pesquisa qualitativa de natureza aplicada, o produto final apresentado é um
projeto para a implantação de um laboratório de digitalização no Arquivo Central da UFRGS.
Como resultado, a conjectura de que os acervos documentais da UFRGS poderão se valer do
Laboratório de Digitalização como uma nova perspectiva para preservação e difusão de seus
conteúdos.
Texto completo disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/171712