Pretende-se analisar as configurações das políticas e sistemas arquivísticos públicos no Brasil, considerando-se: as demandas e impactos atuais dos cenários sócio-informacionais nessas configurações, seu percurso histórico entre 1978 e 2018, as estruturas sistêmicas e políticas adotadas nos Executivos federal e estaduais, os alcances e limites dos modelos testados e experiências realizadas e as possibilidades teóricas da noção de Governança Arquivística Contemporânea. São objetivos específicos: identificar como foi aplicado no Brasil, a partir dos anos de 1970, o modelo de sistema nacional de arquivos, difundido pela UNESCO em vários países latino-americanos; subsidiar o ensino e a pesquisa em Ciência da Informação e Arquivologia no que se refere à formulação, implantação e avaliação de políticas e sistemas arquivísticos públicos; reconhecer e correlacionar as políticas e sistemas de arquivos públicos nos Executivos Federais e Estaduais com outras estruturas informacionais do Estado brasileiros: Dados Abertos, Acesso à Informação, Governo Aberto, Governo Eletrônico, etc.; apontar cenários futuros sobre as políticas e sistemas arquivísticos públicos no Brasil e favorecer a produção de conhecimento sobre políticas e sistemas de arquivos públicos. Constituem territórios empíricos de investigação: as propostas de modelos de sistema e de políticas de informação da UNESCO após os anos de 1970; os sistemas e políticas de arquivos propostos, executados ou não, pelos Poderes Executivo, federal e estaduais a partir de 1978; os programas e ações de Acesso à Informação Governamental, Dados Aberto, Governo Aberto e Governo Eletrônico; os discursos e dispositivos legais que caracterizam o regime jurídico arquivístico (Lei de Arquivos e Lei de Acesso à Informação). Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo