PROVINCIANISMO E MODERNIDADE: o acesso à memória urbana refém dos arquivos privados (2016- Atual)

Anelise Heidi Rempel

Os equipamentos culturais dedicados à custódia de documentos, como Museus e Memoriais, especialmente nas cidades do interior do país, sofrem com a falta de recursos – seja financeiros, seja de pessoal especializado – e mesmo de interesse por parte da população mais jovem, cujas concepções de cultura e modernidade, obedecem a outros parâmetros, como o consumo em massa, por exemplo. Isto faz com que os habitantes de cidades fora do eixo das capitais, as vejam como não mais que províncias, sem saber que muitas delas foram contemporâneas em algumas temáticas urbanas, se não mesmo que pioneiras. Isto porque parte considerável das informações a elas atinentes se encontra em acervos documentais privados, cujo acesso público é limitado por uma série de razões que convém explicitar, com vistas a contorná-las e, quem sabe, superar aquele rótulo. Tal poderá se dar por meio da criação de espaços de discussão e promoção da cultura arquivística e do debate acerca do acesso à informação de interesse público, ainda que por meio de acervos privados.

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