A REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO ARQUIVÍSTICA: uma análise do discurso teórico e institucional a partir dos contextos espanhol, canadense e brasileiro (2014)

Thiago Henrique Bragato Barros

Considera-se a Análise do Discurso uma disciplina que apresenta princípios teórico-metodólogicos capazes de contribuir para a compreensão e delimitação de campos científicos e sociais, pois é por meio do jogo de enunciados, permeado por posições ideológicas colocadas em jogo no processo histórico-social, que o texto (oral e escrito) é produzido, ou seja, a Arquivística relaciona-se com formações discursivas e formações ideológicas e estão relacionadas ao seu processo de construção histórica. Assim, propõe-se a apresentação de elementos histórico-conceituais que ressaltem as diferenças e semelhanças entre a esfera teórica e a esfera institucional na Arquivística. O problema configura-se em buscar sistematizar e identificar o discurso institucional e a teoria Arquivística, construindo um paralelo histórico entre o percurso da área em tradições cruciais para a prática e a teoria Arquivística na atualidade. A hipótese é de que existem diferenças teórico-discursivas entre a Arquivística desenvolvida teoricamente e aquela institucionalizada nos arquivos. Neste sentido, a partir das constatações apresentadas em pesquisas anteriores, busca-se caracterizar como o discurso arquivístico constrói-se e comporta-se nas esferas teórica e institucional na contemporaneidade. Por meio da análise das práticas teóricas e profissionais a respeito da representação Arquivística na atualidade pelos autores de três correntes selecionadas (brasileira, canadense e espanhola) e como os mesmos são trabalhados nas instituições Arquivísticas federais destes países. Deste modo, objetiva-se por meio do quadro teórico-metodológico da Análise do Discurso compreender como se comportam, se constroem e se desenvolvem esses conceitos na Arquivística, visando a uma possível sistematização conceitual e discursiva da disciplina. Esta análise acorreu em primeira instância a partir de uma análise teórico-histórica das tradições e em segunda instância atores específicos e fundamentais, no caso teórico e das instituições Arquivísticas que centralizam e demarcam o campo de atuação dos arquivistas no caso, os Arquivos Nacionais ou gerais. Chegou-se a delimitação de possíveis formações discursivas na Arquivística uma relacionada ao “tradicionalismo” e outra ao “reformismo”. Conclui-se que a Arquivística possui formações discursivas complexas construídas ao longo de sua trajetória institucional e teórica.

Texto completo disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/110391/000792879.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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